COMO FAZER
DAR CERTO

Apresentados os objetivos e a configuração essencial da Estratégia 2023-2030, há que se destacar uma etapa crítica da implementação do que foi projetado, e que, sem ela, os esforços transformadores podem ser fortemente prejudicados. Não há Estratégia bem-sucedida sem uma disciplina rígida de execução. Essa é uma condição obrigatória para que o Mapa Estratégico, com suas dimensões, agrupamentos e tarefas, torne-se realidade, gerando as mudanças e os resultados pretendidos pelo movimento de transformação do Detran-SP.

Este deve ser um trabalho coordenado, uma vez que as perspectivas do Mapa guardam, entre elas, uma relação de causa e efeito. A boa execução assegurará a times qualificados, bem-preparados, com recursos apropriados e conscientes de suas missões a entrega de desempenho e serviços melhores à sociedade.

A partir desses parâmetros, vislumbra-se uma execução estruturada, que, em seus primeiros passos, já deverá incluir a ampla disseminação dos conteúdos do Referencial Estratégico, traduzido na Missão, na Visão e nos Valores institucionais e, também, do próprio Mapa Estratégico.

Esse cuidado se justifica. É vital que cada colaborador entenda, de pronto, a importância e o alcance do que está proposto na Estratégia, e compreenda seu papel no processo de transformação, habilitando-se a uma contribuição efetiva para o êxito da jornada. Assim, impõe-se como prioridade a capacitação das equipes para uma boa execução da Estratégia e a conquista dos resultados.

A formação dos funcionários deverá ser contínua e evolutiva, tendo como referências, por exemplo, modernas ferramentas de gestão e o confronto com situações práticas vinculadas aos projetos e às melhorias de processos.

O empenho da organização deverá ser reforçado por um exaustivo esforço de monitoramento, para verificação constante dos rumos da implementação da Estratégia. O uso e a análise de indicadores de performance serão de grande relevância, pois gerarão insumos úteis não apenas à verificação das conquistas de resultados, mas também à checagem de erros e não conformidades e, como consequência, à adoção de melhorias ou correção de rotas.

Os indicadores acompanharão, simultaneamente, os processos internos e o desenvolvimento dos projetos. Para isso, o Detran-SP utilizará recursos como o KSI (Key Success Indicator, indicador-chave de sucesso), para os projetos, e o KPI (Key Performance Indicator, indicador-chave de performance), para os processos.

O KSI medirá se, ao final, um projeto está gerando os resultados esperados. O KPI examinará o ciclo do processo, identificando eventuais desvios. Esses dois indicadores atuarão em uma perspectiva de visão de cadeia de valor e de transversalidade, uma vez que o objetivo é impactar positivamente a experiência com o Detran-SP, proporcionando segurança no trânsito e excelência dos serviços, resultado da integração de múltiplas frentes.

É nesse contexto que a execução da Estratégia precisará de instrumentos institucionais direcionadores das práticas. A Governança de Projetos e a Governança de Processos e Performance surgem como guias importantes para o trabalho, ao prover comandos para a tomada de decisões e a construção das entregas. No exercício de suas funções estratégicas, as duas instâncias terão a colaboração de suas estruturas executivas.

De um lado, o Escritório de Projetos terá papel decisivo no engajamento dos stakeholders, definindo os requisitos para sua identificação e favorecendo a comunicação entre as partes. Também serão atribuições a organização de políticas, procedimentos e padrões, a identificação de autoridades e responsabilidades, a priorização dos projetos e a instituição de mecanismos para o compartilhamento das lições aprendidas.

De outro, teremos a atuação do Escritório de Processos e Performance, que terá como responsabilidades treinar e apoiar a execução, bem como definir padrões, métodos, ferramentas, regras e melhores práticas de gestão, além de definir e manter a arquitetura de processos.

A despeito de seus objetos específicos de atenção e das ferramentas e metodologias próprias, os dois escritórios são agentes de execução da Estratégia, e, portanto, deverão trabalhar de forma harmônica.

Como se viu até aqui, a jornada de transformação do Detran-SP é complexa, multidisciplinar e dependente do engajamento das lideranças e dos colaboradores. Os fundamentos da mudança já estão construídos, bem como os referenciais teóricos e concretos para a execução das tarefas. O objetivo final não é, simplesmente, dotar o Detran-SP de uma organização interna mais moderna. A renovação tem um propósito que vai além da estrutura funcional, dos processos e dos métodos de trabalho.

A intenção é habilitar a autarquia para a oferta de melhores serviços à sociedade, com rapidez e eficiência, independentemente dos canais e das plataformas priorizados pelo cidadão. E, ao cumprir a Estratégia desenhada para os próximos anos, o Detran-SP estará mais perto de cumprir a sua missão maior, que é a de atuar para a segurança e a preservação das vidas no trânsito.